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Mudanças bruscas no clima provocam problemas na garganta

Diversos Estados brasileiros têm registrado mudanças bruscas de temperatura nos últimos meses. O Rio Grande do Sul, que deveria estar em sua época gelada, teve 35ºC marcados em seus termômetros em pleno inverno. Enquanto isso, uma onda de frio fez os sergipanos tirarem os casacos do armário para suportar os 12ºC, menor temperatura registrada no Estado desde o início da medição oficial, há 20 anos. Quando o corpo não está preparado para essas variações, os sintomas logo aparecem, e a garganta é uma das primeiras afetadas. Veja, na galeria, os principais problemas e quais são cuidados necessários para enfrentar as mudanças climáticas.

IMUNIDADE

Quando há um aquecimento ou resfriamento brusco no ambiente, o equilíbrio térmico do corpo humano é afetado, e ocorre uma queda na imunidade. Como consequência, o organismo fica suscetível a gripes e resfriados, além de inflamações causadas por bactérias.

OBSTRUÇÃO NASAL

Segundo o otorrinolaringologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), José Eduardo Pedroso, a gripe e o resfriado tem como sintoma a obstrução nasal, principal responsável pelos problemas de garganta. “Como a respiração passa a ocorrer pela boca, acabamos não filtrando, aquecendo ou umedecendo o ar, funções realizadas pelo nariz. Assim, as impurezas atingem diretamente a garganta e as amígdalas”.

SINTOMAS
A doença de garganta mais comum nas épocas de variação climática é a faringite, uma inflamação na mucosa da faringe, causada por vírus ou bactérias. No caso viral, os sintomas mais comuns são garganta seca, vermelhidão e dor na deglutição. Na inflamação bacteriana, ainda há formação de pus e manchas brancas ou amarelas na garganta.

O FRIO COMO VILÃO

O frio traz mais problemas para o corpo humano que o calor. O otorrinolaringologista explica que o ar seco do inverno contém mais poluentes, o que colabora para o acúmulo de muco nasal, onde estão concentrados microorganismos prejudiciais ao organismo. “A aglomeração de pessoas em ambientes fechados, por causa do frio, também favorece a transmissão de doenças. Como o calor do nosso país é normalmente úmido, há uma dificuldade na entrada de impurezas nas vias aéreas, sem contar que circularmos mais em locais abertos.

OUTROS FATORES

Além das mudanças climáticas, os problemas de garganta podem ser causados pela poluição, cigarro, poeira, pólen, mofo, entre outros fatores. Lesões causadas pela ingestão de bebidas muito quentes ou alimentos que irritem a região também propiciam a ocorrência de inflamações. Em todos os casos, é sempre necessária uma boa higiene bucal.

PREVENÇÃO

Para prevenir os problemas de garganta, o médico recomenda uma higiene cuidadosa das mãos e que sejam evitados ambientes fechados, que não possuam boa circulação de ar. A manutenção de hábitos saudáveis, como a ingestão regular de líquidos, prática de exercícios físicos e uma dieta equilibrada, também são fundamentais.

GRIPE
A vacinação contra a gripe é uma forma de prevenção. Todo ano, entre os meses de maio e abril, o Ministério da Saúde realiza campanhas para reduzir a ação do vírus em épocas de mudança sazonal. Em adultos saudáveis, a imunização pela detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas após a vacinação, e apresenta, geralmente, duração de seis a 12 meses.

CUIDADOS

Como explica Pedroso, apenas um médico consegue definir se a infecção na garganta necessita ser tratada com antibióticos, quando o causador for uma bactéria, ou tratamento dos sintomas, no caso viral. Após a consulta, ainda é recomendada uma lavagem nasal, com aplicação de soro fisiológico no nariz, para a remoção de secreções que possam perpetuar as inflamações nas vias aéreas.

AUTOMEDICAÇÃO
Segundo o especialista, a automedicação é uma das práticas que contribui para a ocorrência de infecções, pois aumenta a resistência de microorganismos e compromete a eficácia dos tratamentos. “Não podemos esquecer que a dor de garganta é um sintoma. Quando muito prolongada, pode ser uma doença mais grave, que exija de cuidados especiais. Assim, a consulta médica é sempre necessária”.

Fonte: OlharDireto

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