Dente do siso quebrado: efeitos adversos caso deixe sem tratar

Os terceiros molares, popularmente chamados de “dente do siso”, são os últimos dentes permanentes a nascer, e eles geralmente aparecem no fim da adolescência ou início dos 20 anos. Se tiver sorte eles crescem retos e saudáveis. Às vezes, esses valiosos bens podem encontrar algum trauma que cause uma quebra. Um molar quebrado não é algo a ser ignorado. Você deve buscar cuidado dental imediato antes que mais danos ocorram.

Infecção e cárie

Quando se trata de um dente quebrado, o tempo é essencial. Um dente do siso quebrado sem tratamento pode levar a muitos problemas. Dependendo da localização da quebra, pode deixar uma cavidade que deixa o dente mais vulnerável a bactérias e cárie.

Se bactérias entrarem na cavidade você pode acabar com um dente infeccionado. Uma infecção não tratada pode se espalhar para a gengiva de outros dentes e para a mandíbula ou maxilar. Pode até se espalhar para outras partes do seu corpo, levando a outros problemas de saúde e doenças. Sinais de infecção incluem inchaço ao redor da área do dente quebrado e os tecidos próximos, dor latejante e, às vezes, febre.

Opções de tratamento

Se quebrar um dente do siso, chame seu dentista imediatamente. Marque uma consulta para examinar o dente, um raio-x pode ser feito e o dentista vai determinar as opções de tratamento. Não espere até que a dor esteja insuportável, ou pode ser tarde demais para salvar o dente.

Se seu dente mostrar sinais de infecção, tratamento com antibióticos são necessários antes que qualquer procedimento seja feito. A remoção cirúrgica do dente quebrado pode ser uma das opções recomendadas pelo dentista.

Fonte: Yahoo

Reabilitação Oral e Ortodontia adquire aparelho de anestesia que evita dor

Os pacientes não sentirão dor, não terão mais a sensação de “boca dura” e serão beneficiados pela drástica redução da quantidade de anestésico injetados e com um aumento preciso da anestesia

O MORPHEUS é uma estação computadorizada de aplicação de anestesia odontológica de fácil operação e que possibilita a ausência total de dor através do controle automatizado do fluxo de anestésico, em qualquer procedimento odontológico. Esta tecnologia possibilita anestesiar somente o dente a ser tratado, uma revolução na Odontologia. Esse resultado é comprovado para os dentes de toda a maxila e dentes posteriores da mandíbula. Essa tecnologia evita, inclusive, a dor do momento da picada da agulha. Além de possibilitar a ausência de dor no processo anestésico pelo dentista, o Morpheus também minimiza fortemente os efeitos colaterais nos pacientes como consequência do menor uso de anestésico.

 

O Morpheus é tecnologia nacional reconhecida mundialmente. Veja abaixo as vantagens:

Simplicidade no uso: o desenvolvimento do Morpheus levou em conta a simplicidade e segurança. Pode-se dizer que a sua utilização é tão simples como a utilização da anestesia tradicional só que com toda a sofisticação e precisão que um equipamento computadorizado pode fazer.

Aplicações sem dor:   anestesias sem dor em quase todos os procedimentos até mesmo nas aplicações anestésicas palatinas, intraósseas, subperiósteas ou intraligamentares.

Ausência de dor na “picada” da agulha: dispensa o uso de anestésico tópico.

Força controlada: mecanismo hidráulico computadorizado garante a força necessária e adequada a qualquer tipo de aplicação.

Maior segurança nos procedimentos: comparada ao carpule, a dose de droga anestésica aplicada com o Morpheus pode ser reduzida entre 50 a 70%.

Posologia individualizada: é o único injetor de anestésico que permite administrar a droga controlando com precisão a quantidade no tempo de administração, conforme as condições do organismo do paciente. O controle da velocidade de injeção e dose permite “aplicar a menor dose eficaz” e “aplicar na menor velocidade possível”, evitando fortemente os efeitos colaterais resultantes de injeções anestésicas, ligados aos sistemas: cardio-vascular e nervoso central.

Fácil assepsia: possui um sistema eficaz de manuseio, planejado para garantir assepsia durante a operação de modo a impedir infecções cruzadas.

Alta precisão: tecnologia eletrônica de ponta garante confiabilidade e precisão ao equipamento. Possui um sistema de auto-aferição patenteado, para manter constantes as condições de precisão do equipamento.

Osteoporose pode fazer os dentes caírem depois dos 40 anos

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela perda de massa óssea, que acaba por deixar os ossos extremamente frágeis, facilitando as fraturas. Essa doença atinge mais mulheres a partir dos 40 anos, quando há a queda do hormônio estrogênio por conta da menopausa.

Ocorre que é comum que a osteoporose acabe prejudicando a saúde bucal. “A gengiva pode ser afetada, pois ela reveste o osso ao redor dos dentes que está se tornando cada vez mais frágil”, explicou o periodontista Mario Eduardo Lopes.

Porém, o especialista explica que o caminho pode ser inverso. Quando o paciente tem uma doença periodontal (inflamação na gengiva) há um processo inflamatório instalado no organismo. Essa inflamação, por sua vez, libera substâncias que causam a osteopenia, que se caracteriza, entre outras coisas, pela diminuição da massa óssea ao redor do dente. Para entender melhor, a osteopenia é um alerta indicando a diminuição desta massa óssea que pode levar ao desenvolvimento de osteoporose.

“Quando um paciente chega ao meu consultório dizendo que está com os dentes moles e culpa a osteoporose por isso, logo explico que ele pode estar errado. Após algumas analises, constatamos que os dentes moles estão sendo causados, na maioria das vezes, por uma periodontite avançada”, diz Lopes.

Ou seja, “a osteoporose pode agravar uma doença periodontal, mas nunca ser a causadora direta da queda dos dentes”, afirma o especialista que ressalta, ainda, a importância de o paciente informar ao dentista que tem osteoporose.

Uma forma de prevenir a doença é optar por uma vida saudável com alimentação balanceada (rica em cálcio), controle de peso, exposição ao sol e a prática de exercícios físicos. Já para prevenir a periodontite é fundamental que se tenha uma higiene bucal impecável com o uso de fio dental e limpadores de língua.

Fonte: Alagoas24h

Desenvolvimento da Dentição: do dente de leite ao permanente

A primeira dentição é constituída por vinte dentes, os denominados “dentes de leite”, cujo rompimento ocorre de forma progressiva, com uma sequência cronológica bastante definida, aproximadamente entre os 6 meses e os 2 anos e meio.
Entre os 5 e os 7 meses, que costumam surgir os primeiros dentes, na maioria dos casos os incisivos centrais inferiores.
Entre os 6 e os 8 meses, evidenciam-se os incisivos centrais superiores.
Em seguida, aparecem os incisivos laterais, primeiro os inferiores, entre os 7 e os 10 meses, e depois os superiores, entre os 8 e os 11 meses.
Seguindo a mesma ordem, no primeiro semestre do segundo ano, surgem os primeiros molares superiores, seguidos pouco depois pelos caninos inferiores, os caninos superiores e, por volta dos 2 anos de idade, os primeiros molares inferiores.
Os últimos dentes de leite a nascer, até aos 2 anos e meio, são os segundos molares inferiores e superiores, que completam a dentição temporária.
A partir dos 6 anos de idade, os dentes de leite começam a cair de forma espontânea, sendo substituídos pelos dentes definitivos.

Em tempo:
As idades mencionadas apenas são indicativas.

Fonte: Ortoblog

30 milhões de crianças nunca foram ao dentista no Brasil

Os problemas dentários estão entre os mais graves na área de saúde pública no Brasil, atingindo principalmente a população carente.

É o que revela pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), coordenada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz. Os primeiros resultados, divulgados hoje, mostram que 14,4% dos brasileiros já perderam todos os dentes.

Entre as mulheres de baixa renda com mais de 50 anos, o índice chega a 55,9%. A Pesquisa Mundial de Saúde da OMS foi realizada com o objetivo de avaliar os sistemas de saúde de 71 países.

Segunda a organização Dentistas do Bem, 30 milhões de crianças nunca foram ao dentista no Brasil.

Perda dentária como mutilação e desigualdade

O pior desfecho para a doença cárie é a perda dentária. Cientificamente, a extração dos dentes é considerada como uma decorrência do agravamento das doenças bucais mais prevalentes, entre elas a cárie

. Mas na prática, ocorre como solução definitiva para dor, sendo motivada principalmente pela falta de acesso ao serviço e à condição socioeconômica34. A incoerência reside no fato de que, a extração é realizada pelo serviço; portanto, para a extração não falta recurso nem acesso.

Considerando o sentido da palavra perda como “desaparecimento, extravio”, entende-se que os dentes não desaparecem ou se extraviam, mas são efetivamente extraídos.

Por outro lado, essa perda não se configura na maioria das vezes como tratamento indicado clinicamente, segundo os parâmetros científicos atuais. Sendo motivada por problemas sociais, a mutilação bucal pode ser vista também como uma mutilação social35.

Conforme o padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Federação Dentária Internacional (FDI)36, para o ano de 2000, 85% das pessoas com 18 anos deveriam estar com todos os dentes presentes na cavidade bucal.

No Brasil, em 2003, o percentual para essa faixa etária foi 55,09%. Além disso, este dado foi diferenciado entre as regiões.

O percentual de completamente dentados por macrorregiões, aos 18 anos foi de 39,1% (Norte), 45,1% (Nordeste), 66,5% (Sudeste e Sul) e 65,7% (Centro-Oeste).

Outro lado da moeda

O Dentista do Bem é o principal projeto da Turma do Bem, e conta com o trabalho voluntário de cirurgiões-dentistas que atendem em seu próprio consultório crianças e jovens de baixa renda entre 11 e 17 anos, proporcionando-lhes tratamento odontológico gratuito até que completem 18 anos. Atualmente, é a maior rede de voluntariado especializado do mundo.

Fonte: Dourados Agora

Semana Mundial do Aleitamento Materno

O aleitamento materno estimula o correto crescimento e desenvolvimento orofacial, contribuindo para a evolução natural da deglutição, respiração, mastigação e fala. É um ato de amor, que só trás benefícios ao bebê e a mãe!
Amamentar é saúde e proteção para o bebê. Nós apoiamos!

Dentes pequenos demais ou grandes demais, saiba como tratar

Quando não diagnosticados na infância e tratados adequadamente, esses problemas podem significar prejuízo para as funções bucais e até impactar a harmonia do sorriso

São exemplos de malformação dentária a microdontia (quando os dentes são bem menores que o normal), macrodontia (quando são bem maiores) e a hipodontia (quando nascem menos dentes do que o comum). Além dos fatores genéticos e hormonais, muitas vezes são responsáveis por essas alterações dentais traumas, inflamações, infecções e hábitos deletérios como respiração bucal, uso de chupeta e a sucção digital (chupar o dedo).

Entre 4% e 15% da população mundial têm algum problema relacionado à falta ou ao crescimento anormal de um ou mais dentes, principalmente os permanentes. “Geralmente, não são problemas graves, mas podem significar prejuízo para as funções bucais e até impactar a harmonia do sorriso quando não diagnosticados ainda na infância e tratados adequadamente”, diz Marcelo Viola, ortodontista e membro do Conselho Científico da APDC (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas).

 

Problemas e soluções

O diagnóstico dessas malformações pode ser feito por meio de um exame clínico no dentista, com a ajuda de radiografias. A microdontia traz dois principais problemas; o estético e o funcional. “Com o problema do diastema (espaçamento) podem surgir problemas no encaixe dos dentes (oclusão) e também desalinhamento”, diz Marcelo. Nesse caso é indicado o uso de aparelhos ortodônticos para fechar os espaços ou adequá-los para receber restauração.

A macrodontia é bem mais rara e normalmente está relacionada a alguma síndrome.  O principal problema dessa deformação dental é a falta de espaço para que todos os dentes se encaixem na boca, podendo ocorrer o fenômeno chamado “dentes encavalados”. “Em determinados casos de macrodontia, a extração e o uso de aparelhos ortodônticos são necessários a fim de evitar, inclusive, a deformação facial”, diz o especialista.

No caso da hipodontia os danos para o paciente e a solução para o problema vão depender do número de dentes que estão faltando. “Os danos podem ir desde dificuldade de mastigação até problemas de desenvolvimento das estruturas faciais (maxila e mandíbula), além de outros problemas funcionais e estéticos”, diz Marcelo. Aparelhos ortodônticos também podem promover o fechamento do espaço ou, se os “buracos” forem muito grandes, vão preparar a arcada dentária para receber tratamentos restauradores que vão desde restauração com resina até implantes e próteses.

 Fonte: Saúde Terra

Cuidar dos dentes é manter em ordem a saúde do corpo

Muito além do que diz o ditado de que o “sorriso é o cartão de visita”, um belo sorriso também é sinal de corpo saudável. Porém, mais do que a estética, os cuidados com a saúde bucal também interferem na saúde do corpo todo. Segundo a American Dental Association (ADA), problemas crônicos gengivais podem acarretar males no coração e nos pulmões.

 

Costumes simples como escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia ajuda a evitar que essas doenças possam aparecer. “Escolher uma escova com cerdas macias e pasta dental, que tem função detergente, é a forma básica e mais eficaz para se prevenir”, explicou o professor da Universidade Paulista (Unip), campus Sorocaba, Mauro Shimabukuro. “Depois disso, não esquecer de passar o fio dental para poder retirar todas as sujeiras que a escova não foi capaz de remover.”

O uso de enxaguante bucal também é recomendável, segundo Shimabukuro. “Ao usar o antisséptico bucal – com a função de eliminar as bactérias, a pessoa bochecha e isso faz com que restos de alimentos sejam jogados, por meio do que chamamos de remoção mecânica, sem contar que o produto deixa o hálito refrescante.”

Doenças mais comuns

Entre as doenças bucais mais comuns está o câncer de boca. “Ele é mais diagnosticado em pessoas que fumam, principalmente aquelas que ainda fazem uso de cachimbos. Tanto ele quanto o cigarro, liberam calor que causam o chamado trauma mecânico. O cigarro também libera várias toxicinas que aumentam a probabilidade de se adquirir a doença”, explicou Shimabukuro.

Outra patologia bastante comum entre a população é a gengivite, uma inflamação na gengiva. “Essa parte da boca é viva e como forma de avisar que algo está errado pelo acúmulo de sujeira, ela [gengiva] passa a inchar ou sangrar”, explicou. “Tem como tratar, é necessário que um profissional seja procurado logo que os primeiros sintomas comecem a aparecer. ”

A cárie é outro problema frequente na população. “Quando alguém tem uma cárie, seu dente doente começa a se desgastar. O tratamento usado, em muitos casos, é o canal. A cárie pode matar o nervo e pode causar outros problemas mais graves”, explicou o professor. (Supervisão: Cida Vida)

Brasileiros sofrem com cárie 

Dados da Federação Dentária Internacional, divulgados em uma pesquisa realizada em 2010, revelaram que a cárie é o principal problema bucal dos brasileiros.

Segundo a pesquisa, na idade de 12 anos, o índice de cárie é de 56%. O número médio de dentes atacados por cárie é de 2,1, com variações por regiões. As necessidades de próteses dentais em adolescentes são de 52%.

Entre os adultos, mostrou a pesquisa, as extrações de dentes vêm cedendo espaço aos tratamentos restauradores. Em adultos, as necessidades de próteses reduziram-se em 70%.

Dados mundiais mostraram que 90% da população terá doença bucal ao longo de sua vida, que vão desde cáries, doenças periodontais a câncer oral. Apenas 60% da população mundial têm acesso a cuidados bucais. 60% a 90% das crianças em idade escolar, no mundo, têm a doença cárie. A dor de dente é a principal razão de absentismo nas escolas em muitos países. (S.L.)

Afta, halitose e placa bacteriana são comuns 

Muitas são as doenças bucais. Entre as mais comuns, além da cárie, da gengivite e do câncer, estão outras que também podem ser evitadas com uma boa higienização da boca.

Entre elas, destacam-se a afta, que é a ferida na mucosa bucal, com cicatrização rápida e duração de cinco a sete dias. Pode ser causada por estomatites, estresses emocionais, alterações hormonais (menstruação), mordidas acidentais, distúrbios gástricos ou intestinais, deficiência de vitaminas ou carência de sais minerais (sais), entre outras.

A haliotose é conhecida como mau hálito. Segundo a Sociedade Brasileira de Odontologia (SBO), esse problema está ligado a hábitos pessoais inadequados, condições de saúde e pelo consumo de determinados alimentos.

Formada por uma película pegajosa e incolor, a placa bacteriana se forma sobre os dentes. As bactérias aproveitam restos de alimentos, que permanecem sobre os dentes e retiram deles os nutrientes para se desenvolver. Ácido é liberado pela placa que ataca o dente e o deixa sem proteção. Se a placa não for cuidada, ela pode calcificar, ou seja, endurecer, e se tornar um tártaro. Ele pode se formar sob a gengiva e machucar os tecidos gengivais. (S.L.)

Fonte: Cruzeiro do Sul

Zumbido é sintoma de problemas que vão do estresse à perda de audição

Formas mais graves de zumbido podem levar a depressão, insônia e incapacidade

Som do apito de uma panela de pressão, barulho do chuveiro ou canto da cigarra constante. É assim que as pessoas que têm zumbido no ouvido descrevem o som que ouvem diariamente. Trata-se de um barulhinho que está sempre lá – pode até passar despercebido às vezes, mas em outras ocasiões chega a ser enlouquecedor.

Cerca de 17% da população mundial têm zumbido, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o que corresponde a cerca de 278 milhões de pessoas. Só no Brasil o problema atinge 28 milhões. A maioria dos pacientes que sofre com o problema se refere a ele apenas como um incômodo. Porém, quem sofre com a forma grave de zumbido relata casos de muito sofrimento, que pode acarretar depressão e insônia, afetar a qualidade de vida e prejudicar a capacidade de executar atividades rotineiras como trabalhar ou estudar.

“Alguns pacientes não se incomodam com o barulho, outros se sentem desconfortáveis a ponto de não conseguir dormir direito ou realizar suas atividades normalmente. Estimativas revelam que em 80% dos casos, o zumbido é bloqueado pelo cérebro e o indivíduo não sente incômodo. Porém, cerca de 15% dos pacientes sentem indisposições com o zumbido e 5% têm o chamado ‘zumbido incapacitante’, que compromete a vida profissional, social e a saúde”, aponta Rita de Cássia Cassou Guimarães, especialista em otorrinolaringologia e otoneurologia e coordenadora do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba).

O zumbido, também conhecido como tinnitus ou tinido, é definido como um som  nos ouvidos ou na cabeça sem a presença de uma fonte externa. Ele não é uma doença, mas sim o sinal de que alguma coisa está errada. Na verdade, ele pode ser o sintoma de mais de 200 problemas de saúde, que vão de questões odontológicas até psicológicas, passando por questões hormonais, doenças do labirinto, alterações vasculares, problemas musculares e aumento do colesterol.

Porém, a causa mais frequente do problema é a perda de audição. “Nove em cada dez pacientes têm perda auditiva”, afirma Guimarães. “Vale lembrar que o zumbido não causa surdez, mas a surdez pode provocar zumbido”, diz. Envelhecimento, exposição a ruídos, medicamentos, doenças e até traumas cranianos podem causar alguma lesão na estrutura do ouvido, o que pode acarretar perda de audição e o zumbido.

Informações e tratamento

Entender melhor o problema, tendo apoio social além de médico, contribui significativamente para enfrentar e até a resolver os casos de zumbido.
Assim que o zumbido surge, deve-se procurar um especialista em otorrinolaringologia. Quanto mais cedo isso for feito, maior é a chance de se ter sucesso no tratamento. O otorrinolaringologista realizará uma série de exames para buscar identificar a causa do zumbido.

O maior desafio no tratamento do zumbido é justamente descobrir sua causa, já que ele está relacionado a mais de 200 motivos. Como as causas são variadas, a intervenção deve ser multidisciplinar. Odontologia, psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia são algumas das áreas que atuam em conjunto para cuidar dos pacientes.

O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos, cirurgias, fisioterapia, terapias etc., dependendo das causas do zumbido.

“Não existe um tratamento específico. O que se faz é uma busca das causas e então é feito o tratamento destas causas, personalizado para cada caso”, explica Mezzalira.

A melhora no zumbido também depende do grau de informação do paciente. Saber mais sobre o problema pode ajudar muito no tratamento. Ter apoio para desmistificar o problema e conseguir lidar melhor com ele também.

“A participação em grupos de ajuda, como o Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ), é essencial para a desmistificação do zumbido e atualização”, diz Guimarães.

Existem outros grupos que também dão suporte às pessoas que sofrem com zumbido no ouvido, como o Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido (GAPZ), que tem centros em São Paulo, Campinas, Curitiba, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro e São José do Rio Preto, e o Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com Zumbido (GANZ), que esclarece dúvidas online.

Razões emocionais

Mas o zumbido também pode ter razões emocionais. Sentimentos como depressão, frustração e nervosismo podem causar o problema. Uma das razões que explicam essa relação é que situações de muito estresse ou ansiedade, por exemplo, podem resultar em apertamentos exagerados da musculatura mastigatória (como o bruxismo), que causam a compressão de áreas vascularizadas próximas aos ouvidos, e os sinais enviados ao cérebro são interpretados como zumbido.

O mesmo acontece em casos de má oclusão dentária e excesso de força na musculatura facial. “Os aspectos odontológicos podem causar o zumbido, influenciar a sua intensidade ou agravar o quadro quando o sintoma já existe por outros motivos”, destaca o ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, membro do GIPZ Curitiba.

Mas não é só isso. Os especialistas afirmam que as emoções negativas também podem agravar a percepção do zumbido. Isto é, se a pessoa não está bem emocionalmente, então o cérebro dará mais atenção ao zumbido. O paciente pode até dizer que o zumbido aumentou, mas na realidade é a sua percepção que está mais aguçada devido aos pensamentos negativos, que induzem o cérebro a identificá-lo como uma ameaça.

“O grau de incômodo depende da importância que a pessoa dá ao seu zumbido e da associação dele com emoções negativas. Este é um dos motivos pelos quais é muito importante que o tratamento seja iniciado o mais precocemente possível evitando que estas associações negativas ocorram”, alerta a professora do Departamento de Otorrinolaringologia, Área de Cirurgia em Cabeça e Pescoço da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp Raquel Mezzalira.

Cigarro e celular

Um estilo de vida saudável é essencial para evitar o zumbido, ou ao menos amenizar seus efeitos. Pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) apontou que os fumantes têm mais chances de desenvolver o problema.

A pesquisa avaliou 72 fumantes e 72 não fumantes, e concluiu que quase metade dos fumantes avaliados tiveram problemas auditivos – 40% deles zumbido.  Deficit de oxigenação no sangue, obstruções vasculares e alterações na viscosidade sanguínea provocados pelo cigarro seriam as possíveis razões que levariam ao problema, de acordo com a pesquisa.

A ingestão de bebida alcoólica também estaria relacionada ao agravamento do problema. O álcool não seria responsável pelo surgimento do zumbido, mas várias pesquisas comprovam que a ingestão frequente ou em altas doses piora, e muito, a sensação do zumbido.

Pesquisas recentes também relacionam o uso frequente do celular com a piora da condição. Um estudo feito na Universidade de Viena, na Áustria, publicado noOccupational and Environmental Medicine, apontou que pessoas que usam o celular frequentemente e por períodos prolongados têm 70% mais chances de desenvolver zumbido no ouvido.

A explicação é que a energia gerada pelo telefone é afunilada no canal auditivo e que os ossos do ouvido acabam absorvendo todo esse impacto, o que gera o zumbido.

Alimentação saudável

Pode parecer mentira, mas uma alimentação equilibrada é fundamental para manter também a saúde dos ouvidos. Maus hábitos alimentares, como abusar da ingestão de doces e alimentos gordurosos, ter uma dieta pobre em vitaminas e minerais ou ficar sem comer por períodos prolongados, são constantemente associados por especialistas com o zumbido. “Erros alimentares com abuso da ingestão de doce e cafeína e períodos prolongados de jejum são causas comuns de zumbido”, diz Mezzalira.

Por outro lado, uma dieta balanceada pode ajudar – e muito – a reduzir o problema. Evitar cafeína, doces, alimentos gordurosos e sal em excesso, assim como beber muito água, preferir alimentos frescos e integrais e uma dieta rica em frutas e verduras podem fazer a diferença. Alimentar-se bem se reflete na saúde e no bem-estar, e ajuda o paciente a lidar melhor com o problema – além de contribuir para que o tratamento seja bem sucedido.

Fonte: UOL Saúde