30 milhões de crianças nunca foram ao dentista no Brasil

Os problemas dentários estão entre os mais graves na área de saúde pública no Brasil, atingindo principalmente a população carente.

É o que revela pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), coordenada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz. Os primeiros resultados, divulgados hoje, mostram que 14,4% dos brasileiros já perderam todos os dentes.

Entre as mulheres de baixa renda com mais de 50 anos, o índice chega a 55,9%. A Pesquisa Mundial de Saúde da OMS foi realizada com o objetivo de avaliar os sistemas de saúde de 71 países.

Segunda a organização Dentistas do Bem, 30 milhões de crianças nunca foram ao dentista no Brasil.

Perda dentária como mutilação e desigualdade

O pior desfecho para a doença cárie é a perda dentária. Cientificamente, a extração dos dentes é considerada como uma decorrência do agravamento das doenças bucais mais prevalentes, entre elas a cárie

. Mas na prática, ocorre como solução definitiva para dor, sendo motivada principalmente pela falta de acesso ao serviço e à condição socioeconômica34. A incoerência reside no fato de que, a extração é realizada pelo serviço; portanto, para a extração não falta recurso nem acesso.

Considerando o sentido da palavra perda como “desaparecimento, extravio”, entende-se que os dentes não desaparecem ou se extraviam, mas são efetivamente extraídos.

Por outro lado, essa perda não se configura na maioria das vezes como tratamento indicado clinicamente, segundo os parâmetros científicos atuais. Sendo motivada por problemas sociais, a mutilação bucal pode ser vista também como uma mutilação social35.

Conforme o padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Federação Dentária Internacional (FDI)36, para o ano de 2000, 85% das pessoas com 18 anos deveriam estar com todos os dentes presentes na cavidade bucal.

No Brasil, em 2003, o percentual para essa faixa etária foi 55,09%. Além disso, este dado foi diferenciado entre as regiões.

O percentual de completamente dentados por macrorregiões, aos 18 anos foi de 39,1% (Norte), 45,1% (Nordeste), 66,5% (Sudeste e Sul) e 65,7% (Centro-Oeste).

Outro lado da moeda

O Dentista do Bem é o principal projeto da Turma do Bem, e conta com o trabalho voluntário de cirurgiões-dentistas que atendem em seu próprio consultório crianças e jovens de baixa renda entre 11 e 17 anos, proporcionando-lhes tratamento odontológico gratuito até que completem 18 anos. Atualmente, é a maior rede de voluntariado especializado do mundo.

Fonte: Dourados Agora

Semana Mundial do Aleitamento Materno

O aleitamento materno estimula o correto crescimento e desenvolvimento orofacial, contribuindo para a evolução natural da deglutição, respiração, mastigação e fala. É um ato de amor, que só trás benefícios ao bebê e a mãe!
Amamentar é saúde e proteção para o bebê. Nós apoiamos!

Dentes pequenos demais ou grandes demais, saiba como tratar

Quando não diagnosticados na infância e tratados adequadamente, esses problemas podem significar prejuízo para as funções bucais e até impactar a harmonia do sorriso

São exemplos de malformação dentária a microdontia (quando os dentes são bem menores que o normal), macrodontia (quando são bem maiores) e a hipodontia (quando nascem menos dentes do que o comum). Além dos fatores genéticos e hormonais, muitas vezes são responsáveis por essas alterações dentais traumas, inflamações, infecções e hábitos deletérios como respiração bucal, uso de chupeta e a sucção digital (chupar o dedo).

Entre 4% e 15% da população mundial têm algum problema relacionado à falta ou ao crescimento anormal de um ou mais dentes, principalmente os permanentes. “Geralmente, não são problemas graves, mas podem significar prejuízo para as funções bucais e até impactar a harmonia do sorriso quando não diagnosticados ainda na infância e tratados adequadamente”, diz Marcelo Viola, ortodontista e membro do Conselho Científico da APDC (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas).

 

Problemas e soluções

O diagnóstico dessas malformações pode ser feito por meio de um exame clínico no dentista, com a ajuda de radiografias. A microdontia traz dois principais problemas; o estético e o funcional. “Com o problema do diastema (espaçamento) podem surgir problemas no encaixe dos dentes (oclusão) e também desalinhamento”, diz Marcelo. Nesse caso é indicado o uso de aparelhos ortodônticos para fechar os espaços ou adequá-los para receber restauração.

A macrodontia é bem mais rara e normalmente está relacionada a alguma síndrome.  O principal problema dessa deformação dental é a falta de espaço para que todos os dentes se encaixem na boca, podendo ocorrer o fenômeno chamado “dentes encavalados”. “Em determinados casos de macrodontia, a extração e o uso de aparelhos ortodônticos são necessários a fim de evitar, inclusive, a deformação facial”, diz o especialista.

No caso da hipodontia os danos para o paciente e a solução para o problema vão depender do número de dentes que estão faltando. “Os danos podem ir desde dificuldade de mastigação até problemas de desenvolvimento das estruturas faciais (maxila e mandíbula), além de outros problemas funcionais e estéticos”, diz Marcelo. Aparelhos ortodônticos também podem promover o fechamento do espaço ou, se os “buracos” forem muito grandes, vão preparar a arcada dentária para receber tratamentos restauradores que vão desde restauração com resina até implantes e próteses.

 Fonte: Saúde Terra

Cuidar dos dentes é manter em ordem a saúde do corpo

Muito além do que diz o ditado de que o “sorriso é o cartão de visita”, um belo sorriso também é sinal de corpo saudável. Porém, mais do que a estética, os cuidados com a saúde bucal também interferem na saúde do corpo todo. Segundo a American Dental Association (ADA), problemas crônicos gengivais podem acarretar males no coração e nos pulmões.

 

Costumes simples como escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia ajuda a evitar que essas doenças possam aparecer. “Escolher uma escova com cerdas macias e pasta dental, que tem função detergente, é a forma básica e mais eficaz para se prevenir”, explicou o professor da Universidade Paulista (Unip), campus Sorocaba, Mauro Shimabukuro. “Depois disso, não esquecer de passar o fio dental para poder retirar todas as sujeiras que a escova não foi capaz de remover.”

O uso de enxaguante bucal também é recomendável, segundo Shimabukuro. “Ao usar o antisséptico bucal – com a função de eliminar as bactérias, a pessoa bochecha e isso faz com que restos de alimentos sejam jogados, por meio do que chamamos de remoção mecânica, sem contar que o produto deixa o hálito refrescante.”

Doenças mais comuns

Entre as doenças bucais mais comuns está o câncer de boca. “Ele é mais diagnosticado em pessoas que fumam, principalmente aquelas que ainda fazem uso de cachimbos. Tanto ele quanto o cigarro, liberam calor que causam o chamado trauma mecânico. O cigarro também libera várias toxicinas que aumentam a probabilidade de se adquirir a doença”, explicou Shimabukuro.

Outra patologia bastante comum entre a população é a gengivite, uma inflamação na gengiva. “Essa parte da boca é viva e como forma de avisar que algo está errado pelo acúmulo de sujeira, ela [gengiva] passa a inchar ou sangrar”, explicou. “Tem como tratar, é necessário que um profissional seja procurado logo que os primeiros sintomas comecem a aparecer. ”

A cárie é outro problema frequente na população. “Quando alguém tem uma cárie, seu dente doente começa a se desgastar. O tratamento usado, em muitos casos, é o canal. A cárie pode matar o nervo e pode causar outros problemas mais graves”, explicou o professor. (Supervisão: Cida Vida)

Brasileiros sofrem com cárie 

Dados da Federação Dentária Internacional, divulgados em uma pesquisa realizada em 2010, revelaram que a cárie é o principal problema bucal dos brasileiros.

Segundo a pesquisa, na idade de 12 anos, o índice de cárie é de 56%. O número médio de dentes atacados por cárie é de 2,1, com variações por regiões. As necessidades de próteses dentais em adolescentes são de 52%.

Entre os adultos, mostrou a pesquisa, as extrações de dentes vêm cedendo espaço aos tratamentos restauradores. Em adultos, as necessidades de próteses reduziram-se em 70%.

Dados mundiais mostraram que 90% da população terá doença bucal ao longo de sua vida, que vão desde cáries, doenças periodontais a câncer oral. Apenas 60% da população mundial têm acesso a cuidados bucais. 60% a 90% das crianças em idade escolar, no mundo, têm a doença cárie. A dor de dente é a principal razão de absentismo nas escolas em muitos países. (S.L.)

Afta, halitose e placa bacteriana são comuns 

Muitas são as doenças bucais. Entre as mais comuns, além da cárie, da gengivite e do câncer, estão outras que também podem ser evitadas com uma boa higienização da boca.

Entre elas, destacam-se a afta, que é a ferida na mucosa bucal, com cicatrização rápida e duração de cinco a sete dias. Pode ser causada por estomatites, estresses emocionais, alterações hormonais (menstruação), mordidas acidentais, distúrbios gástricos ou intestinais, deficiência de vitaminas ou carência de sais minerais (sais), entre outras.

A haliotose é conhecida como mau hálito. Segundo a Sociedade Brasileira de Odontologia (SBO), esse problema está ligado a hábitos pessoais inadequados, condições de saúde e pelo consumo de determinados alimentos.

Formada por uma película pegajosa e incolor, a placa bacteriana se forma sobre os dentes. As bactérias aproveitam restos de alimentos, que permanecem sobre os dentes e retiram deles os nutrientes para se desenvolver. Ácido é liberado pela placa que ataca o dente e o deixa sem proteção. Se a placa não for cuidada, ela pode calcificar, ou seja, endurecer, e se tornar um tártaro. Ele pode se formar sob a gengiva e machucar os tecidos gengivais. (S.L.)

Fonte: Cruzeiro do Sul

Zumbido é sintoma de problemas que vão do estresse à perda de audição

Formas mais graves de zumbido podem levar a depressão, insônia e incapacidade

Som do apito de uma panela de pressão, barulho do chuveiro ou canto da cigarra constante. É assim que as pessoas que têm zumbido no ouvido descrevem o som que ouvem diariamente. Trata-se de um barulhinho que está sempre lá – pode até passar despercebido às vezes, mas em outras ocasiões chega a ser enlouquecedor.

Cerca de 17% da população mundial têm zumbido, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o que corresponde a cerca de 278 milhões de pessoas. Só no Brasil o problema atinge 28 milhões. A maioria dos pacientes que sofre com o problema se refere a ele apenas como um incômodo. Porém, quem sofre com a forma grave de zumbido relata casos de muito sofrimento, que pode acarretar depressão e insônia, afetar a qualidade de vida e prejudicar a capacidade de executar atividades rotineiras como trabalhar ou estudar.

“Alguns pacientes não se incomodam com o barulho, outros se sentem desconfortáveis a ponto de não conseguir dormir direito ou realizar suas atividades normalmente. Estimativas revelam que em 80% dos casos, o zumbido é bloqueado pelo cérebro e o indivíduo não sente incômodo. Porém, cerca de 15% dos pacientes sentem indisposições com o zumbido e 5% têm o chamado ‘zumbido incapacitante’, que compromete a vida profissional, social e a saúde”, aponta Rita de Cássia Cassou Guimarães, especialista em otorrinolaringologia e otoneurologia e coordenadora do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba).

O zumbido, também conhecido como tinnitus ou tinido, é definido como um som  nos ouvidos ou na cabeça sem a presença de uma fonte externa. Ele não é uma doença, mas sim o sinal de que alguma coisa está errada. Na verdade, ele pode ser o sintoma de mais de 200 problemas de saúde, que vão de questões odontológicas até psicológicas, passando por questões hormonais, doenças do labirinto, alterações vasculares, problemas musculares e aumento do colesterol.

Porém, a causa mais frequente do problema é a perda de audição. “Nove em cada dez pacientes têm perda auditiva”, afirma Guimarães. “Vale lembrar que o zumbido não causa surdez, mas a surdez pode provocar zumbido”, diz. Envelhecimento, exposição a ruídos, medicamentos, doenças e até traumas cranianos podem causar alguma lesão na estrutura do ouvido, o que pode acarretar perda de audição e o zumbido.

Informações e tratamento

Entender melhor o problema, tendo apoio social além de médico, contribui significativamente para enfrentar e até a resolver os casos de zumbido.
Assim que o zumbido surge, deve-se procurar um especialista em otorrinolaringologia. Quanto mais cedo isso for feito, maior é a chance de se ter sucesso no tratamento. O otorrinolaringologista realizará uma série de exames para buscar identificar a causa do zumbido.

O maior desafio no tratamento do zumbido é justamente descobrir sua causa, já que ele está relacionado a mais de 200 motivos. Como as causas são variadas, a intervenção deve ser multidisciplinar. Odontologia, psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia são algumas das áreas que atuam em conjunto para cuidar dos pacientes.

O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos, cirurgias, fisioterapia, terapias etc., dependendo das causas do zumbido.

“Não existe um tratamento específico. O que se faz é uma busca das causas e então é feito o tratamento destas causas, personalizado para cada caso”, explica Mezzalira.

A melhora no zumbido também depende do grau de informação do paciente. Saber mais sobre o problema pode ajudar muito no tratamento. Ter apoio para desmistificar o problema e conseguir lidar melhor com ele também.

“A participação em grupos de ajuda, como o Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ), é essencial para a desmistificação do zumbido e atualização”, diz Guimarães.

Existem outros grupos que também dão suporte às pessoas que sofrem com zumbido no ouvido, como o Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido (GAPZ), que tem centros em São Paulo, Campinas, Curitiba, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro e São José do Rio Preto, e o Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com Zumbido (GANZ), que esclarece dúvidas online.

Razões emocionais

Mas o zumbido também pode ter razões emocionais. Sentimentos como depressão, frustração e nervosismo podem causar o problema. Uma das razões que explicam essa relação é que situações de muito estresse ou ansiedade, por exemplo, podem resultar em apertamentos exagerados da musculatura mastigatória (como o bruxismo), que causam a compressão de áreas vascularizadas próximas aos ouvidos, e os sinais enviados ao cérebro são interpretados como zumbido.

O mesmo acontece em casos de má oclusão dentária e excesso de força na musculatura facial. “Os aspectos odontológicos podem causar o zumbido, influenciar a sua intensidade ou agravar o quadro quando o sintoma já existe por outros motivos”, destaca o ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, membro do GIPZ Curitiba.

Mas não é só isso. Os especialistas afirmam que as emoções negativas também podem agravar a percepção do zumbido. Isto é, se a pessoa não está bem emocionalmente, então o cérebro dará mais atenção ao zumbido. O paciente pode até dizer que o zumbido aumentou, mas na realidade é a sua percepção que está mais aguçada devido aos pensamentos negativos, que induzem o cérebro a identificá-lo como uma ameaça.

“O grau de incômodo depende da importância que a pessoa dá ao seu zumbido e da associação dele com emoções negativas. Este é um dos motivos pelos quais é muito importante que o tratamento seja iniciado o mais precocemente possível evitando que estas associações negativas ocorram”, alerta a professora do Departamento de Otorrinolaringologia, Área de Cirurgia em Cabeça e Pescoço da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp Raquel Mezzalira.

Cigarro e celular

Um estilo de vida saudável é essencial para evitar o zumbido, ou ao menos amenizar seus efeitos. Pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) apontou que os fumantes têm mais chances de desenvolver o problema.

A pesquisa avaliou 72 fumantes e 72 não fumantes, e concluiu que quase metade dos fumantes avaliados tiveram problemas auditivos – 40% deles zumbido.  Deficit de oxigenação no sangue, obstruções vasculares e alterações na viscosidade sanguínea provocados pelo cigarro seriam as possíveis razões que levariam ao problema, de acordo com a pesquisa.

A ingestão de bebida alcoólica também estaria relacionada ao agravamento do problema. O álcool não seria responsável pelo surgimento do zumbido, mas várias pesquisas comprovam que a ingestão frequente ou em altas doses piora, e muito, a sensação do zumbido.

Pesquisas recentes também relacionam o uso frequente do celular com a piora da condição. Um estudo feito na Universidade de Viena, na Áustria, publicado noOccupational and Environmental Medicine, apontou que pessoas que usam o celular frequentemente e por períodos prolongados têm 70% mais chances de desenvolver zumbido no ouvido.

A explicação é que a energia gerada pelo telefone é afunilada no canal auditivo e que os ossos do ouvido acabam absorvendo todo esse impacto, o que gera o zumbido.

Alimentação saudável

Pode parecer mentira, mas uma alimentação equilibrada é fundamental para manter também a saúde dos ouvidos. Maus hábitos alimentares, como abusar da ingestão de doces e alimentos gordurosos, ter uma dieta pobre em vitaminas e minerais ou ficar sem comer por períodos prolongados, são constantemente associados por especialistas com o zumbido. “Erros alimentares com abuso da ingestão de doce e cafeína e períodos prolongados de jejum são causas comuns de zumbido”, diz Mezzalira.

Por outro lado, uma dieta balanceada pode ajudar – e muito – a reduzir o problema. Evitar cafeína, doces, alimentos gordurosos e sal em excesso, assim como beber muito água, preferir alimentos frescos e integrais e uma dieta rica em frutas e verduras podem fazer a diferença. Alimentar-se bem se reflete na saúde e no bem-estar, e ajuda o paciente a lidar melhor com o problema – além de contribuir para que o tratamento seja bem sucedido.

Fonte: UOL Saúde

Dentistas podem auxiliar no diagnóstico da doença celíaca

A doença celíaca afeta não somente o intestino, ela pode afetar diversas áreas do nosso corpo.
Muitos celíacos tem diversos problemas na boca e nos dentes, e não imaginam que estes problemas podem estar relacionados a doença celíaca.
Já li relatos de pessoas que só foram fazer pesquisa para doença celíaca após o dentista sugerir essa hipótese.
Dentistas bem informados e atualizados podem ajudar a identificar possíveis celíacos, principalmente em casos em que o paciente não apresenta sintomas clássicos. Ou melhor ainda, ajudam a diagnosticar MAIS CEDO esses pacientes.
Quando meu filho foi ao dentista, logo na primeira consulta informei que ele é celíaco, e embora o dentista não conhecesse a doença muito bem, ficou super interessado, me fez várias perguntas e me pediu que enviasse por e-mail tudo o que eu tinha sobre o assunto.
E quando voltamos, percebi que ele havia pesquisado e estava bem informado. Esse é um exemplo de um bom profissional, comprometido com o paciente.
Abaixo tem uma lista de links sobre o assunto e também um guia clínico para dentistas, disponibilizado pela Associação Canadense de Odontologia.
Boa leitura!

Fatores genéticos podem causar malformação dos dentes dos bebês

Dentes muito menores do que o normal, ou ainda muito maiores, e até mesmo em falta, exigem tratamento desde a infância

A rigor, a formação dos dentes se dá antes mesmo de o bebê nascer. São processos complexos que sofrem influência genética, hormonal e ambiental a ponto definir malformações que vão, muitas vezes, se tornar evidentes apenas quando nascerem os dentes permanentes. É o caso, por exemplo, da microdontia (dentes bem menores do que o normal), da macrodontia (dentes muito maiores do que o normal) e da hipodontia (nascem menos dentes do que o padrão). Vale lembrar que a Ortodontia resolve cada um desses problemas com resultados muito naturais. Ainda assim, é importante consultar um especialista desde cedo quando esse tipo de problema já existe na família.

“Geralmente, as malformações dentárias têm um forte componente genético e hereditário, embora fatores ambientais também tenham influência”, diz Marcelo Viola, ortodontista e membro do Conselho Científico da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas). “Entre 4% e 15% da população mundial têm algum problema relacionado à falta ou ao crescimento anormal de um ou mais dentes, principalmente os permanentes. Geralmente, não são problemas graves, mas podem significar prejuízo para as funções bucais e até impactar a harmonia do sorriso quando não diagnosticados ainda na infância e tratados adequadamente”.

Na microdontia, o especialista diz que há dois grandes problemas: um estético e outro funcional. “Nos casos mais comuns, a microdontia acontece nos dentes incisivos laterais. Eles não se desenvolvem como os outros, ficando bem menores em relação aos vizinhos (incisivos centrais e caninos). Além da estética do sorriso, que pode ser bastante melhorada com pequenas intervenções, há o problema do diastema ou espaçamento. Com a falta de material dental e ausência de contato entre os dentes vizinhos, podem surgir problemas no encaixe dos dentes (oclusão) e também desalinhamento. O uso de aparelhos ortodônticos tanto nesse tipo de situação, como quando faltam alguns dentes, se dá no sentido de fechar os espaços ou adequá-los para receber procedimentos restauradores e restabelecer a função”.

Viola explica que a macrodontia – que ocorre quando alguns ou todos os dentes atingem um tamanho muito maior e desproporcional do que o padrão – é ainda mais rara e geralmente está associada à presença de algumas síndromes. Um dos problemas mais graves, neste caso, é a falta de espaço para que todos os dentes se acomodem funcionalmente na arcada dentária – o que acaba, muitas vezes, resultando no apinhamento dentário (dentes ‘encavalados’). “Em determinados casos, a extração e o uso do aparelho ortodôntico são necessários, a fim de evitar, inclusive, a deformação facial”. Diante disso, quem acaba de se lembrar de um caso semelhante na família já sabe que é preciso levar as crianças o quanto antes para uma consulta com o ortodontista.

Fonte: Tribuna Hoje

Como controlar o mau hálito

Se você realmente deseja saber a causa de seu mau hálito, marque uma consulta com o dentista. Com uma avaliação de seu histórico médico e dentário e um exame bucal criterioso, seu dentista poderá identificar os responsáveis pelo mau hálito. As causas variam e entre elas podem estar certos alimentos, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, a má higiene bucal, doenças periodontais, o diabetes, a sensação de boca seca, infecções dos seios (maxilares/paranasais), da garganta e do pulmão, e também o abscesso pulmonar, insuficiência renal ou hepática, problemas gastrintestinais e um regime alimentar severo.

Tratamento do mau hálito

 

É importante fazer uma higiene bucal completa, em casa, três vezes por dia, escovando os dentes com um creme dental antibacteriano com flúor, usar o fio dental para remover restos alimentares e a placa bacteriana dos dentes e próteses e escovar a língua para eliminar as bactérias causadoras do mau hálito. Um estudo publicado mostra que a escovação dos dentes e da língua, combinada com o uso do fio dental, diminui significativamente o sangramento do tecido gengival em um período de duas semanas, além de reduzir também o mau hálito.1 Outro estudo clínico realizado pelos pesquisadores da área odontológica da Universidade de Buffalo confirmou que a escovação dos dentes e da língua, duas vezes ao dia, com um creme dental antibacteriano com flúor, combinada com o uso do fio dental, pode eliminar o mau hálito2.

A limpeza da língua é fundamental para manter o hálito fresco

A limpeza da língua é muito importante. Você pode comprar uma escova dental Colgate 360 com limpador de língua para manter a higiene bucal. Depois de escovar os dentes com um creme dental antibacteriano com flúor, vire a escova e coloque o limpador de língua, localizado no dorso da cabeça da escova, na parte posterior da língua, puxando-o para a frente. Depois de raspar uma porção da língua, enxágue a boca com água para remover as bactérias causadoras do mau hálito. Em seguida, repita a operação na porção adjacente da língua.

Antes de escolher os produtos de higiene bucal que ajudam a eliminar a placa bacteriana e as bactérias causadoras do mau hálito, consulte seu dentista e reveja as técnicas a serem utilizadas em casa. Além disso, pergunte ao dentista quais produtos de higiene bucal você poderia usar para ajudar a combater o mau hálito (creme dental antibacteriano com fluor, enxaguante bucal, raspadores de língua e escovas interdentais).

O segredo de uma boca limpa e saudável é a higiene bucal feita em casa regularmente de acordo com as instruções e recomendações do dentista.

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Referências:

1. Biesbrock, A, et al. Assessment of Treatment Responses to Dental Flossing in Twins., J Perio 77(8):1386-1391, 2006.
2. University of Buffalo (Peter Moses, Betsey Clark, Violet Maraszthy, Joseph Zambon, (University of Buffalo), P.K. Sreenivasan (Colgate), Abstract presented at 2008 AADR Meeting.

Fonte: Colgate

Dentistas podem descobrir se paciente tem diabetes

Uma simples consulta ao dentista pode ajudar a descobrir se você possui ou não diabetes. Pelo menos é o que revela uma pesquisa realizada pela Universidade de Columbia (EUA) e divulgada pelo Journal of Dental Research (Jornal de Pesquisa Odontológica).

Com o título “Identification of Unrecognized Diabetes and Pre-Diabetes in a Dental Setting” (Identificação de diabetes não reconhecido e pré-diabetes em consultório odontológico), o estudo sugere um protocolo de identificação de altos índices de açúcar no sangue em pacientes odontológicos.

Para isso foram avaliadas cerca de 530 pessoas com pelo menos um fator de risco relacionado ao diabetes, como histórico familiar, colesterol alto, hipertensão ou sobrepeso, por exemplo. Esses pacientes passaram por um exame periodontal que confirmou, acertadamente, que 73% deles possuíam pré-diabetes ou diabetes e tinham dentes ausentes e alta porcentagem de bolsas periodontais profundas.

Posteriormente, um teste de hemoglobina A1C – feito com uma simples picada na ponta do dedo – revelou que 92% dos pacientes pesquisados apresentavam diabetes ou pré-diabetes. Logo, a simples observação dessas duas características bucais alcançou uma assertividade muito grande.

“A análise dos nossos dados sugerem que os profissionais de saúde bucal têm a oportunidade de identificar diabetes não reconhecido e pré-diabetes em pacientes odontológicos”, garante a Dra. Evanthia Lalla, autora chefe do estudo e professora de odontologia da Universidade de Columbia. “As conclusões orais podem oferecer uma oportunidade para a identificação de indivíduos afetados que desconhecem sua condição e encaminhá-los a um médico para uma avaliação mais aprofundada”, finaliza.

O assunto ganha relevância porque no próximo dia 27 de junho se comemora o Dia Internacional do Diabético. “Essa pesquisa interessa de forma direta não apenas犀利士5mg
aos dentistas, mas também a todas as pessoas que visitam os consultórios regularmente”, acredita o Dr. José Henrique de Oliveira, cirurgião dentista e diretor de Operações e Credenciamento da operadora INPAO Dental.

“Como o diabetes favorece o desenvolvimento da doença periodontal, é importante estar sempre atendo aos sintomas. A boca seca, o mau hálito, o insucesso na colocação de implantes, a tendência à hemorragia bucal, além da gengivite e da periodontite, são as principais manifestações bucais de que algo não está bem”, alerta o profissional.

Vale lembrar ainda que pessoas com diabetes ou pré-diabetes têm maior risco de apresentar doenças cardíacas, como derrame e outras condições vasculares associadas. Atualmente, a diabetes afeta mais de 380 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 12 milhões de brasileiros.

Fonte: R7

Pré-Natal Odontológico

Hoje falaremos sobre as doenças bucais mais comuns nas gestantes. Mas quais são elas?

Sangramento Gengival

Durante a gestação, há o aumento da vascularização do periodonto (gengiva, dente, osso, ligamentos). A gravidez não causa a inflamação. O que leva à inflamação e conseqüentemente ao sangramento gengival é o acúmulo de placa bacteriana pela falta da higienização-correta, que aliado à depressão do sistema imune (de defesa) que ocorre na fase gestacional, alterações nos hábitos alimentares, a carência de vitamina C e de niacina, que tem propriedades cicatrizantes,  predispõem a uma resposta mais agressiva para certas infecções bucais.

Gengivite (antigamente chamada de Gengivite Gravídica)

É o acúmulo da placa bacteriana entre os dentes e periodonto inflamando a gengiva, que além de sangramento apresenta aumento de volume–inchaço, fica com um aspecto mais avermelhado, dolorida e brilhante. Essas bactérias ainda não atingem os ligamentos periodontais e o osso.

Durante a gravidez, com a maior vascularização, o aumento hormonal, a mudança dos hábitos alimentares, alterações no colágeno, na hidratação e a depressão da resposta imune do organismo, a gengivite torna-se mais agressiva. Por tudo isso, a gravidez acentua (e não provoca) a resposta tecidual à placa bacteriana e altera a manifestação.

É importante ressaltar que grávidas com excelente nível de higiene bucal não apresentam alterações gengivais.

É comum aparecer áreas mais inchadas, parecidas com pequenos tumores, são os Granulomas Gravídicos ou Piogênicos (ocorrem em 30% a 73% das gestantes em média).

É uma lesão benigna, não cancerígena, mas que precisa ter o diagnóstico do dentista e ser tratada.

A maioria desaparece logo após o parto ou apenas com a instrução da higiene bucal mais acentuada e correta. No entanto, pode haver um crescimento exacerbado sendo necessária a remoção cirúrgica.

Periodontite

Quando não cuidamos da gengivite enquanto está no estado inicial, as bactérias “tornam-se mais fortes e numerosas” e conseguem infiltrar além da gengiva, vão para o osso e ligamentos que sustentam os dentes, causando a periodontite.

ATENÇÃO: A medicina desenvolveu pesquisas comprovando que os focos de infecção de origem odontológica, principalmente a periodontite, podem aumentar as chances de parto prematuro e nascimento de crianças com baixo peso.

Dentes Fracos

Os dentes NÃO ficam fracos durante a gravidez. O organismo da gestante NÃO utiliza o cálcio dos DENTES para formação do seu bebê.

A necessidade de cálcio na gestante realmente dobra (para a formação do feto) e com as alterações hormonais, mudança de hábitos alimentares, algumas vezes (quando há carência de minerais), o organismo da gestante retira o cálcio e os minerais dos seus OSSOS para usá-los na formação dos ossos do bebê. Daí a importância de uma dieta bem equilibrada durante esta fase, rica em todos os minerais.

Portanto, os dentes não ficam com menos cálcio, não ficam fracos, nem quebram, nem ‘ficam’ com caries porque a mulher está grávida. O que geralmente acontece, como já falamos, é que a gestante muda muito seus hábitos alimentares, passa a comer mais, têm desejos inusitados de doces ou alimentos com alto teor de açúcar, entretanto a higiene bucal continua a mesma de quando não estava grávida…

Essa alteração dos hábitos alimentares, o aumento na frequência de ingestão de alimentos cariogênicos (com alto teor de açúcares) e a deficiência na higiene bucal aliados a todos os fatores de alterações durante a gestação facilita a erosão ácida e a atividade cariogênica mais severas. Daí a impressão de que os dentes estão mais fracos…

Pois é, sangramento espontâneo ou quando passa o fio dental, dor, gengivas coçando ou inchadas, mau hálito, dentes maiores que o normal, dentes quebrando “do nada” e cáries repentinas… podem ser sinais de que você tem doenças bucais e está colocando em risco a sua saúde, a do seu bebê e a do seu companheiro, já que são doenças bacterianas e as bactérias passam da sua boca para a do seu parceiro.

A gravidez não é a responsável pelo aparecimento repentino de cáries, pelas doenças periodontais e nem pela perda dos dentes. Além disso, a gravidez não impede que você cuide da sua saúde bucal caso sinta qualquer sintoma diferente do normal durante a gestação.

A grávida pode ser atendida em qualquer idade gestacional e a real necessidade de intervenção curativa (tratamento da doença) deve ser avaliada pelo dentista. Os profissionais da área são capacitados para o atendimento à gestante com manejo adequado para tratamento em qualquer idade gestacional.

É importante que a grávida vá ao dentista uma vez ao mês para o seu pré-natal odontológico, evitando assim as doenças mais comuns na gestante!

Fonte: Vida de Dentista